O governo federal está preparando um sistema inédito no mundo para cobrar os novos impostos sobre consumo criados pela reforma tributária.

A plataforma, 150x maior que o Pix, seria capaz de processar 70 bilhões de documentos por ano e transformar a arrecadação em algo praticamente à prova de fraudes.

O coração da operação é o chamado split payment, que deve funcionar da seguinte forma: no momento em que uma transação ocorrer, o valor do tributo será automaticamente repassado ao governo, estados e municípios.

• Isso deve impedir qualquer tipo de manobra para empresas de fachada criarem notas falsas.
• Outro diferencial é a devolução de créditos tributários, hoje um gargalo para empresas. A ideia é que o reembolso seja feito em poucas horas, permitindo que o dinheiro volte rápido para o fluxo financeiro das empresas.

Atualmente em fase de testes com 500 empresas, a plataforma vai entrar em operação em 2026 com alíquota simbólica de 1%. A cobrança efetiva começa em 2027, no segmento business to business (B2B).

Especialistas calculam que o novo modelo pode aumentar a arrecadação entre R$ 400 bilhões e R$ 500 bilhões por ano, justamente o tamanho estimado da sonegação.