Os brasileiros não parecem estar muito empolgados em comprar um novo lar para chamar de seu. Segundo levantamento, apenas 33% dos entrevistados afirmaram ter planos de adquirir um imóvel nos próximos 3 meses — o menor índice desde 2019.

O cenário reflete a escassez de crédito e os juros altos: a Selic chegou a 15% no fim de junho e deve continuar nesse nível por mais alguns meses.

• Com menos recursos disponíveis, especialmente no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o financiamento para a classe média e alta ficou ainda mais difícil.

Ainda assim, o mercado não está parado. Nos últimos 12 meses, a participação de investidores entre os compradores saltou de 31% para 43%, e as transações feitas como investimento avançaram de 36% para 38% no trimestre.

A estratégia, porém, está mais voltada a aproveitar as oportunidades: 66% das negociações tiveram algum desconto, com média de 7% no valor final e até 10% quando houve redução em relação ao preço inicialmente anunciado.

Zoom out: O retrato é de um mercado em ritmo de espera: compradores retraídos, investidores atentos a barganhas e um setor imobiliário que, mais do que nunca, depende da política monetária para voltar a crescer.