Em meio aos desgastes internos que já pressionam o governo, o presidente Lula agora enfrenta mais uma dor de cabeça: sua imagem no exterior.

• Veículos internacionais voltaram a criticar o governo — especialmente pela condução da política externa e pela queda de popularidade.

O que rolou: No fim de semana, uma reportagem da The Economist classificou Lula como “incoerente no exterior” e “impopular em casa”.

O texto questiona o posicionamento recente do Brasil em temas sensíveis da geopolítica global. O principal exemplo foi a condenação brasileira aos ataques americanos contra o Irã — uma posição que, segundo a revista, vai contra outras democracias e reforça um afastamento dos EUA.

A aproximação com regimes como China e Rússia, dentro do BRICS, também foi citada. Para a publicação, o bloco tem se mostrado “hostil ao Ocidente”.

A reação do governo

Não gostou. O chanceler Mauro Vieira foi quem assinou a resposta oficial, na qual defende a postura do governo e diz que Lula sustenta os pilares da democracia, sustentabilidade, paz e multilateralismo.

A relevância por trás disso: A The Economist uma das publicações mais influentes do mundo. Com cerca de 1,25 milhão de assinantes e até 5 milhões de leitores semanais.

Editorialmente, adota uma linha de ‘‘centro-radical’’: defende o livre mercado, mas tem posições progressistas em temas sociais. Por isso, uma crítica como a feita a Lula, tem peso simbólico e político, especialmente num momento em que ele busca se firmar como liderança global.