Observando como o número de eleitores entre 16 e 17 anos — que não são obrigados a votar — aumentou 14% em comparação ao último ano de eleições municipais, políticos entraram de vez na onda do TikTok.

Os grandes motivos: 1 em cada 4 usuários da rede social tem menos de 20 anos e, entre 2018 e 2022, mais de 80% dos 2,1 milhões de jovens que tiraram o título para votar foram às urnas.

Além disso, os custos para movimentar campanhas online são muito menores do que os bilhões usados para, por exemplo, distribuir folhetos ou realizar produções midiáticas em TVs e rádios.

Pra se ter uma ideia, em 2020, último ano de campanhas municipais, quase R$ 3 bilhões foram destinados a isso. Esse ano, o orçamento é de quase R$ 5 bilhões.

Alguns exemplos de candidatos influencers:

• João Campos, prefeito de Recife e favorito à reeleição, tem quase 500 mil seguidores e usa vídeos dinâmicos e curtos.
• Pablo Marçal, influenciador e pré-candidato à prefeitura de São Paulo, possui 2 milhões de seguidores e vem crescendo nas pesquisas.
• Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, participa de trends e cria conteúdos de humor.

Até o TSE entrou nessa onda. Campanhas feitas pelo órgão com a ajuda de influenciadores fizeram com que quase 100 mil jovens fossem atrás do título de eleitor em uma semana.

Isso só mostra o quanto as tendências divulgadas nas redes sociais podem influenciar as decisões das novas gerações, sobretudo pelo fato que 64% da Gen Z prefere recorrer ao TikTok para fazer pesquisas.