Estagnada. Essa é a palavra que pode definir a atual popularidade de Lula, de acordo com dados divulgados pela pesquisa Genial/Quaest.

Depois de altas consecutivas puxadas pela recuperação da imagem do governo após o tarifaço de Trump em julho, o presidente agora apresenta uma aprovação de 46%, contra 51% que desaprovam seu mandato.

Esse é o olhar mais macro da situação. Mas, dentro dessa mesma pesquisa, um dado salta aos olhos — e pode mostrar muito sobre como a população “depender” do Estado pode ser positivo para os governantes.

O destaque está entre no recorte entre beneficiários do Bolsa Família. Nesse grupo, a aprovação de Lula subiu para 64%, contra 32% de desaprovação — um grande contraponto aos que não recebem benefícios governamentais, que desaprovam o Lula III em 55%.

Além do discurso nacionalista citado acima, um dos fatores que tem ajudado a melhorar a percepção do governo nesta base são justamente a proposta de novos programas sociais, como:

• Elevar o teto da Minha Casa, Minha Vida;
• Novo vale gás para mais de 60 milhões de pessoas;
• Linhas de crédito para reformas de casas e financiar a compra de motocicletas.

O dado é relevante porque +94 milhões de brasileiros dependem de programas sociais federais — número de quase duas Argentinas. No Bolsa Família, concentrado no Cadastro Único, estão 57% desses beneficiários.

Mas não pense que isso é uma exclusividade do atual governo. Embora derrotado nas últimas eleições, Bolsonaro também usufruiu do mesmo meio

Em março de 2022, presidente à época viu sua reprovação caiu de 45% para 23% entre os beneficiários do Auxílio Brasil, programa criado no seu governo.

Passava das 22h30 quando o plenário da Câmara aprovou, por 311 votos a 163, o regime de urgência para o projeto que concede anistia aos envolvidos nos atos de 8/1.

A decisão de levar o tema à votação partiu do presidente da Casa, Hugo Motta, após reunião com líderes partidários. Segundo ele, o país ‘‘precisa ser pacificado’’.

Com a urgência aprovada, o projeto ganha prioridade: pode ser votado a qualquer momento diretamente em plenário, sem necessidade de análise prévia pelas comissões.