Na mesma carta em que anunciou tarifas de 50% sobre exportações brasileiras, o governo Trump oficializou uma investigação comercial contra o Brasil — e colocou a Rua 25 de Março no centro da disputa.

Segundo o documento do Escritório do Representante de Comércio dos EUA, a região é um dos maiores centros mundiais de falsificação e pirataria, operando com impunidade há décadas.

Entre os alvos: eletrônicos falsos, consoles destravados e dispositivos de streaming piratas.

O pix também virou alvo

O relatório aponta o Pix como exemplo de medida que prejudica empresas americanas de pagamento digital, como Mastercard, Visa e Meta.

Segundo os EUA, o Brasil teria “favorecido” seu sistema próprio e atrapalhado a entrada de concorrentes — como o WhatsApp Pay, suspenso pelo BC dias após seu lançamento em 2020.

O governo reagiu com ironia. “Não dá pra imaginar uma potência preocupada com a 25 de Março”, disse Rui Costa, ministro da Casa Civil.

• Ele também criticou a menção ao Pix, defendendo que o sistema foi criado de forma transparente e amplamente adotado pela população.

Nos bastidores, o Planalto tenta ganhar tempo: Empresários pediram ao vice-presidente Geraldo Alckmin uma prorrogação de 90 dias no prazo para o início das tarifas, previsto para 1º de agosto.