Revolucionando a micromobilidade nas cidades

Redação

28 dezembro 2021Última atualização: 28 dezembro 2021

💰 Modelo de negócios

A Tembici é a empresa líder de micromobilidade na América Latina, responsável por mais de 50 milhões de deslocamentos com bicicletas onde opera. Seu objetivo é revolucionar as cidades com mobilidade ativa e sustentável.

Para você ter uma ideia do tamanho do negócio, são eles quem operam o aluguel das bicicletas que circulam com a bandeira do Itaú.

Atualmente, 50% da receita da Tembici vem do B2B, através do investimento de parceiros (patrocínio de marcas). Os 50% restantes vem do B2C, com seus usuários adquirindo os planos oferecidos.O preço dos planos varia de acordo com as especificidades de cada contrato, mas, em média, o valor mensal é de R$ 29,90.

👫 Quem está por trás desse negócio?

A Tembici foi fundada em dezembro de 2009 por Tomás Martins e Maurício Villar. (Ao clicar, você vai pro LinkedIn deles).

📈 Recebeu investimentos?

Series A: de US$ 15 milhões — Igah Ventures (mar/2019).
Series B: de US$ 47 milhões — Valor Capital Group e Redpoint (jun/2020).
Series C: de US$ 80 milhões — Crescera Capital (ago/2021).

🙋‍♂️🙋‍♀️ Maior desafio

"Mudar a forma como as pessoas se locomovem na cidade não vai ser da noite pro dia. A indústria automobilística está há 80 anos recebendo subsídio, “marketeando” na cabeça das pessoas o sonho de ter um carro… A gente entende que o nosso negócio é o futuro, mas existem várias escadas para subir antes de chegar lá.”

💼 Vagas em aberto na empresa

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🔮 Nossa análise

Nos últimos anos, o mercado de aluguel de bicicletas tornou-se um serviço de mobilidade muito atrativo nas zonas urbanas por ser econômico, flexível e sustentável — além de que andar de bicicleta faz bem para a saúde e é uma alternativa rápida para percorrer curtas distâncias.Além disso, a redução da pegada ecológica é uma pauta bem relevante na atualidade, com as lutas contra poluição do ar e redução do tráfego de automóveis tornando-se cada vez mais importante.

Nesse contexto, os serviços de compartilhamento de bicicletas possuem um importante papel — sendo, inclusive, apoiados (ou até fornecidos) por governos locais de diversos lugares.

A Tembici está presente em 10 cidades, sendo 8 no Brasil e as outras 2 na Argentina e no Chile. Por aqui, a Tembici foi a única sobrevivente na guerra das bicicletas — superando Yellow e Grin.Além do aluguel de bicicletas, a empresa também ganha dinheiro do Itaú, que patrocina a operação e, em troca, tem sua marca exposta nas bicicletas e estações. Esse marketing é tão bom que muita gente pensa que quem toca a operação das bikes é o próprio banco.Segundo o CEO da Tembici, Tomás Martins, o uso das bikes para mobilidade aumentou e traz recorrência ao negócio, visto que muitas pessoas começaram a fazer seu uso no dia a dia — e não apenas nos finais de semana.Outro ponto positivo para o negócio é que, nos últimos anos, as ciclofaixas vieram para ficar — podendo ser encontradas em trechos de diversas cidades brasileiras.

Pegando São Paulo como exemplo, que possui a maior malha cicloviária do país, atualmente, são quase 700km de ciclofaixas, com um incremento previsto de mais 300km até 2024 — uma bela infraestrutura para ser aproveitada pela Tembici.

Pensando nas ameaças do negócio… Será que a pandemia mudou para onde estávamos indo? Mesmo vacinadas, algumas pessoas continuam com medo e acabam preferindo se locomover de carro — em vez de pegar uma bicicleta pública, por exemplo.Ao mesmo tempo, a pandemia também intensificou o home office. Por que se deslocar se com apenas um clique é possível entrar em uma reunião? Com isso, menos pessoas podem utilizar as bicicletas como modal de transporte.Por fim, existe um desafio grande na mudança de cultura, conforme a própria empresa nos disse em seu maior desafio. Quanto mais pessoas utilizarem bicicletas, maior o mercado da Tembici.

Porém, o que vai garantir que as pessoas aluguem as bikes ao invés de comprarem a própria? É uma boa pergunta para os executivos da empresa buscarem responder constantemente.