Poucas parcerias foram tão impactantes para o automobilismo quanto a de Lewis Hamilton e a Mercedes, e neste final de semana, o heptacampeão fará sua última corrida pela equipe que o consagrou como um dos maiores de todos os tempos.

• 84 das 105 vitórias do britânico foram pelas Flechas Prateadas;
• 6 dos seus 7 títulos mundiais foram conquistados com a equipe da Alemanha.

A decisão de deixar a Mercedes e encarar um novo desafio na Ferrari em 2025 encerra uma das jornadas mais icônicas do esporte. Toto Wolff, chefe da equipe, resumiu bem o impacto dessa parceria:

Estabelecemos novos padrões: 6 títulos de pilotos, 8 de construtores, 153 pódios. Mas o legado de Lewis transcende os números, transformando a F1 em algo muito maior.

Das decepções às superações

Antes de chegar à Mercedes, Hamilton já carregava o peso de ser uma promessa cumprida. Na McLaren, ele estreou com um duelo histórico contra Fernando Alonso em 2007 e conquistou seu primeiro título em 2008.

Contudo, também enfrentou turbulências, como em 2011, ano repleto de punições e colisões, muitas delas com Felipe Massa, além de um rompimento profissional com seu pai.

Já em 2012, Hamilton tomou a decisão que mudaria sua vida: deixar a McLaren, equipe que financiou sua carreira desde o kart, e arriscar tudo ao assinar com uma Mercedes ainda longe do topo.

Sabia que era um risco, mas eu precisava me desafiar. Queria aplicar tudo o que aprendi em outro lugar e contribuir para a evolução de uma equipe.

Dominância absoluta

Na Mercedes, Lewis viveu a era mais dominante da história da F1. Entre 2014 e 2020, conquistou 6 canecos e só perdeu um para Nico Rosberg, em 2016. Seus números impressionam:

• Recorde absoluto de vitórias para um único piloto em uma única equipe;
• 153 pódios com o time alemão, muito à frente dos 112 de Michael Schumacher com a Ferrari.
• 78 pole positions, consolidando sua posição como maior especialista em voltas rápidas.

Grande parte desse brilhantismo do britânico foi conquistado justamente na sua “casa”, em Silverstone. Ele venceu 9x na pista, sendo 8 delas com a Mercedes.

Nesta temporada, aos 39 anos, o piloto quebrou um jejum de quase 3 anos sem vitórias ao triunfar no GP da Inglaterra.

Um futuro promissor e um adeus emocionante

Enquanto Hamilton parte para a Ferrari, a Mercedes se prepara para uma nova era. George Russell, que tem se firmado como um dos grandes nomes da nova geração, liderará a equipe ao lado do prodígio italiano Kimi Antonelli. Toto Wolff está confiante:

Nosso futuro é brilhante, mas nosso foco agora é terminar esta jornada com Lewis da melhor forma possível.

Abu Dhabi será mais do que uma corrida, será uma celebração de tudo o que essa parceria conquistou. Após 26 anos guiando motores Mercedes, desde o kart até a F1, Hamilton encerra esse capítulo com a mesma determinação com que começou.

Seja como for o próximo desafio, o legado de Hamilton na equipe alemã é eterno. Uma história de superação, conquistas e impacto que transcende a velocidade.